9º Congresso do Sinpro discute reformas e faz plano de lutas contra retrocessos do governo Temer
O 9º Congresso do Sinpro Campinas e Região definiu o Plano de Lutas que o Sindicato deverá desenvolver ao longo dos próximos três anos de gestão, a partir de fevereiro de 2018. Com a participação de cerca de 80 professores, o Congresso aconteceu que em Campinas, nos dias 02 e 03 de junho, discutiu sobre a conjuntura política brasileira, quais são os retrocessos que o governo Temer trará para a classe trabalhadora e como enfrentá-los.
O Congresso começou com um ato político, onde representantes de movimentos sociais compuseram a mesa e falaram da importância da luta e resistência contra as reformas que o governo atual quer propor à população. O presidente do Sinpro, Carlos Virgilio Borges, o Chileno, enalteceu as manifestações ao longo do ano e afirmou que agora a principal pauta do Sindicato é barrar as reformas e exigir eleições diretas para presidente. “Esse parlamento que tirou a presidenta e quer aprovar as reformas Trabalhista e Previdenciária não pode eleger o próximo presidente”, afirmou Chileno.
Após a mesa de abertura, o grupo “O Canto da Saracura” formado em Campinas, que tem à frente o pesquisador e compositor Roberto Boni, fez uma apresentação com um repertório repleto de músicas brasileiras de raiz.
O palestrante do dia foi o professor Thomas Toledo, historiador pela FFLCH/USP, mestre em Desenvolvimento Econômico pelo IE/Unicamp e professor de Relações Internacionais. Thomas fez uma análise de conjuntura política nacional e internacional, destacando os possíveis riscos que a classe trabalhadora pode sofrer com a nova onda ultraconservadora que tem atingido o Brasil e o mundo. Segundo o palestrante, o único jeito de barrar os grandes retrocessos proposto pelo governo de Temer, como as reformas Trabalhista e Previdenciária é a unidade da esquerda, como aconteceu na Greve Geral, em que todos as centrais sindicais e movimentos sociais se uniram para parar o Brasil.
O segundo dia de congresso começou com a palestra da Profª Madalena Guasco Peixoto, coordenadora da secretaria-geral da Contee. A palestrante discutiu a profissão do professor historicamente e fez uma conexão entre o passado e a atualidade na atuação do docente.
Madalena ainda apontou importantes conquistas dos setores progressistas da educação nos últimos anos, como a aprovação do Plano Nacional da Educação. No entanto, a professora destacou que após o golpe, grande parte dessas conquistas estão sendo extintas e demonstrou preocupação com a adoção das novas medidas do governo Temer, como a reforma do Ensino Médio, que entre outros pontos, regulamenta o notório saber, considerado um grande retrocesso para a categoria.
O ato cultural do dia ficou por conta do coral do Sinpro, regido pelo novo maestro Hipólito Ribas, o grupo apresentou um repertório inédito e foi aplaudido de pé pela plateia.
Na parte da tarde, os professores se dividiram em três grupos de trabalhos. Os grupos visavam discutir as temáticas abordadas e construir um plano de lutas que o Sindicato deverá desenvolver ao longo dos três anos da próxima gestão. Foram elencados três temas principais: as relações democráticas na escola e a participação na vida sindical, condições de trabalho, de vida, de saúde e profissionalização e Conae 2018 – Fóruns e os ataques à construção democrática do planejamento da educação.
As palestras na íntegra do evento estarão disponíveis em breve no canal do YouTube do Sindicato.
Fonte: Sinpro Campinas e Região
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