8 de março | Mulheres ainda lutam pelo direito à vida
Em diversos países estão sendo convocadas mobilizações de mulheres contra a violência, as desigualdades de gênero e a fome.
No Brasil a resistência feminista busca fortalecer esse chamado e se levanta não só contra a opressão machista, mas em repúdio ao projeto político de morte que ataca os direitos das mulheres e tenta a todo custo controlar os seus corpos, enquanto inviabiliza sua voz e profere discurso de ódio taxando-as de “fraquejada”.
As mulheres são a base econômica e social do país. Elas estão em todas as partes: do cuidado com a família, passando pelo trabalho doméstico até chegar ao trabalho operário, tido como produtivo.
Ainda assim, recebem menos que os homens pelo mesmo trabalho (no caso das negras, até 30% do que ganha um homem branco) e são 70% da população mais pobre do mundo.
Na semana passada, “vazou” um áudio do deputado estadual Arthur do Val (Podemos/SP), também conhecido como “Mamãe Falei”, afirmando que “as mulheres ucranianas são fáceis de ‘pegar’ porque são pobres”.
A postura machista, sexista e cruel do parlamentar em relação às mulheres refugiadas na Ucrânia demonstra a urgência de organizar, ampliar e enraizar a nossa luta a partir dos lugares em que vivemos, trabalhamos e estudamos para mudar a vida de todas as mulheres.
Mulheres na Ciência
Um relatório produzido em 2020 pela ONU Mulheres, com dados fornecidos pela Unesco, mostra que as mulheres representam menos de 30% do total de pesquisadores/as no mundo.
O estudo revela que ainda persistem barreiras e baixa representatividade para mulheres e meninas, sobretudo em áreas como ciências, tecnologia, engenharia e matemáticas. E que as barreiras estão presentes de forma estrutural na sociedade e afetam as mulheres desde a tenra idade.
Durante a pandemia as mulheres lideraram as pesquisas sobre vacinas contra a Covid-19 e até hoje pouco se sabe sobre elas e as suas carreiras.
É fundamental a defesa de políticas públicas de inclusão que ampliem e deem visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica.
Por isso, neste 8 de março, serão realizados atos no país inteiro para marcar essa luta histórica das mulheres contra todas as formas de opressão.
Em Campinas, vamos juntas/os/es levantar a bandeira pelo fim da fome e da violência relacionada às desigualdades de gênero, especialmente os feminicídios.
Também vamos defender direitos iguais, não ao corte de verbas da educação (ciência e tecnologia) e que as mulheres tenham liberdade para decidir sobre o seu corpo.
Chega de opressão e exploração!
ATO PELA VIDA DAS MULHERES – CAMPINAS
- 08/03 (HOJE)
- Horário: 16h
- Largo do Rosário – Campinas
Confira o relatório produzido em 2020 pela ONU Mulheres “Las Mujeres En Ciencias, Tecnología, Ingeniería Y Matemáticas En América Latina Y El Caribe.
Artigos relacionados
Nota de Solidariedade aos Professores Demitidos e de Repúdio ao Desmonte da Educação
A diretoria Apropucc recebeu com indignação o anúncio divulgado pela mídia da demissão coletiva de professores do ensino privado e decidiu expressar solidariedade aos professores demitidos e repúdio ao desmonte da educação.
Governo Temer diz que geração de bico melhora mercado de trabalho
Caged aponta “geração” de 6 mil vagas com contrato intermitente de trabalho desde que Temer legalizou o bico com a reforma Trabalhista Escrito por: Marize Muniz Em 2017, ano em
Estudo da OCDE revela desafios da educação superior no Brasil
Diversas fontes compilam dados que permitem fazer uma caracterização desses profissionais, além de conhecer suas percepções e visões de mundo O que sabemos sobre os professores do Brasil? Diversos levantamentos
0 comentários
Nenhum comentário
Você pode ser o primeiro a comentar esta matéria!