Abaixo assinado pela revogação da Reforma do Ensino Médio
Diversos movimentos populares e e educação estão se organizando para combater essa BNCC (Base Nacional Comum Curricular) que precariza o ensino e piora as condições de trabalho dos professores. Eles defendem que a Reforma do Ensino Médio, tem que ser anulada e deve se reabrir todo um debate com os realmente interessados e envolvidos (professor@s, alun@s e comunidades).
A diretoria da Apropucc já expressou repúdio à essa legislação e convida os docentes da Universidade a conferir abaixo a íntegra do documento e subscrever o abaixo-assinado contra esse ataque à educação, clique aqui.
Nós, trabalhadores e trabalhadoras em Educação, juntamente com toda a sociedade civil, SOMOS CONTRÁRIOS à Lei 13.415/2017, que dispõe sobre a Reforma do Ensino Médio, razão pela qual exigimos sua REVOGAÇÃO, e requeremos aos membros do Conselho Nacional de Educação a REJEIÇÃO da BNCC do Ensino Médio, pelos seguintes motivos:
• A Reforma do Ensino Médio, da qual a BNCC faz parte, tornou obrigatórias nas escolas de Ensino Médio apenas as disciplinas de português e matemática.
• Todas as outras disciplinas (história, geografia, sociologia, filosofia, artes, educação física, língua estrangeira, física, química e biologia) não serão mais obrigatórias.
• O currículo flexível poderá ser cumprido totalmente fora das escolas, por meio de inúmeras certificações de qualidade duvidosa e desatreladas dos princípios da formação escolar, tais como:
cursos de aprendizagem oferecidos por centros ou programas ocupacionais (ex: Pronatec e Sistema S); experiência de trabalho supervisionado ou outra experiência adquirida fora do ambiente escolar (ex: trabalho voluntário); estudos realizados em instituições de ensino nacionais ou estrangeiras; cursos realizados por meio de educação a distância etc.
• A Reforma e a BNCC servem para dificultar cada vez mais o ingresso da população de baixa renda na universidade. Aos pobres, só português e matemática! Aos abastados, todas as outras
disciplinas (certamente vendidas em pacotes extras) que ajudam a ingressar em uma boa universidade pública.
• Caso essa proposta de BNCC seja aprovada, as escolas terão reduzidos seus quadros de educadores/as, já que precisarão basicamente de professores/as das disciplinas de português e
matemática.
• Porém, até para as disciplinas obrigatórias (português e matemática), a Reforma pretende oferecer conteúdos curriculares a distância, diminuindo a necessidade de professores/as em sala de aula.
• Além de demissões em massa, as relações de trabalho nas escolas serão precarizadas pela Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) e pela contratação de profissionais com “notório saber” na educação técnica-profissional.
• O objetivo de mercantilizar o Ensino Médio, transferindo a parte flexível do currículo e até mesmo componentes da BNCC para iniciativa privada, através da educação a distância, é exigência
dos maiores apoiadores da BNCC, entre eles: Sistema S (SESC, SENAI, SENAC, SESI etc),
Federação Nacional das Escolas Particulares e o Sistema Globo de Comunicações, por meio de seus Telecursos.
• A mercantilização e a privatização do Ensino Médio, fomentadas pela Reforma, caminham em sintonia com a Emenda Constitucional n. 95, a qual congela por 20 anos os investimentos públicos
em políticas sociais, inclusive na educação.
• A BNCC e a Reforma do Ensino Médio fazem parte do projeto de Estado Mínimo de um governo sem legitimidade eleitoral e que é produto do Golpe.
Como gentileza nos deram 1(um) dia, isso mesmo, 1 dia para discussão, porém destinando somente um único professor para responder um questionário fechado, como tudo que eles fazem, somente x (xizinho).
Não podemos permitir que isso ocorra, que nos empurrem garganta abaixo, aceitar tal imposição, violentando com uma pseudo-legalidade, nossos direitos, os direitos de nossos filhos, a um princípio fundamental, constitucional, que é a educação.
Fonte: APEOESP Santo André
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