BOLETIM (ANOS ANTERIORES)

Prezad@ professor@

Nesta página você acessa os últimos boletins da Apropucc. Boa leitura!

 

BOLETIM 2014

 

Boletim Apropucc – 27 de março de 2014

A APROPUCC APOIA O ATO EM MEMÓRIA DOS 50 ANOS DO GOLPE E PELO REPÚDIO À DITADURA QUE AMARGOU O BRASIL EM DÉCADAS DE ATRASO E VIOLÊNCIA

Na madrugada de 01 de abril de 1964 o Brasil conheceu o golpe civil-militar que derrubou o governo democrático do presidente João Goulart. Hoje, o Brasil e o mundo têm condições de conhecer o papel decisivo dos EUA na configuração e apoio aos governos ditatoriais em toda a América Latina, assim como o apoio de parte do empresariado, do latifúndio, de partidos de direita, de setores conservadores das igrejas e da grande imprensa, como reação ao avanço democrático e à participação popular na vida política do país. Com a desculpa da modernização do país, da promessa do combate à corrupção e ao comunismo, foram 21 anos de:

– Arrocho salarial e violações aos direitos trabalhistas

– Inflação galopante

– Fim da estabilidade no emprego e proibição de greves.

– Cruel repressão e Ação de esquadrões da morte nos anos de chumbo

– Milhares de presos políticos, milhares de pessoas torturadas e exiladas

– Centenas de desaparecidos e militantes assassinados

– Censura política e cultural, com a proibição de peças teatrais, músicas e livros

– Intervenção na vida sindical e universitária

– Precarização do ensino e desvalorização das ciências humanas na educação do país

– Perseguição a líderes sindicais e de organizações populares, eclesiais e políticas

– Criminalização dos movimentos sociais

– Aumento da corrupção

– Dívida externa de herança para os governos seguintes

– Desmobilização de camponeses e mortes no campo

– Massacre de povos indígenas para doar suas terras a multinacionais

– Perseguição e prisão de estudantes universitários (UNE) e secundaristas (UBES), tendo, entre eles, o maior número de vítimas fatais da ditadura

– Exílio de artistas, jornalistas e intelectuais

– Perseguição e prisão de centenas de militares que não apoiaram o regime ditatorial

– Fechamento e censura a jornais de esquerda e instrumentalização da imprensa conservadora

– Proibição de manifestações públicas, comícios e passeatas

– Ocultamento de cadáveres

No meio do povo, porém, sempre houve resistência. De muitas formas, acertadas ou não, se expondo ou de forma amedrontada, quando organizado, o povo foi construindo a sua liberdade para tempos futuros: uns, pela luta armada no campo e na cidade; a maioria, em passeatas, greves, reuniões, comunidades e pastorais sociais, folhetins e partidos clandestinos, universidades, denúncia por meio das artes ou de organizações internacionais de direitos humanos…

Sentimos, ainda hoje, as sequelas desse golpe. Ao contrário da maioria dos países que passaram por regimes ditatoriais na América Latina e na Europa, no Brasil nenhum torturador e assassino foi julgado e preso. Os que apoiaram e financiaram os órgãos de repressão durante os anos de chumbo não foram responsabilizados… Estes, assim como a grande imprensa, continuam criminalizando a organização popular e ameaçando a jovem e frágil democracia de nosso país.

Por essas razões, a Apropucc se une a todos e todas que estão trabalhando e se organizando para que essa história não fique no esquecimento e para que ditaduras jamais aconteçam em nosso país.

Consciente de que os 21 anos de ditadura marcaram profundamente nossa história política, social e educacional; ciente de que ainda permanecem entre nós estruturas cotidianas de poder e de relações sociais totalitárias; convencida que somente pelo caminho democrático poderemos ter um país melhor, a Apropucc convida a todos os docentes desta Universidade a refletirem sobre a repercussão e os impactos desses acontecimentos na vida cotidiana da Universidade e de nossa prática docente.

De que maneira os docentes somos ou não partícipes das principais decisões desta Universidade, sobretudo no que toca ao nosso cotidiano acadêmico e pedagógico? A Universidade tem aberto caminhos para que isso aconteça? Os docentes se sentem representados nos conselhos de faculdade, de Centro e nas instancias superiores? Existem mecanismos de comunicação e retorno do que lá é discutido? Qual é a autonomia pedagógica do professor em sua área? Somos tratados como sujeitos pedagógicos ou como meros reprodutores de regras administrativas? O/a professor/a se sente valorizado/a em seu local de trabalho? Pensamos ser importante que reitores e diretores sejam nossos representantes e eleitos por seus pares? Os atuais instrumentos e meios de escolha para cargos na universidade são transparentes e democráticos? Achamos que o modelo de gestão na PUC-Campinas é transparente e democrático? Quando somos avaliados, sabemos como será utilizado e quais são os critérios de interpretação do único instrumento de avaliação existente na Universidade? Antes de qualquer forma de advertência, existe o diálogo? Em nosso meio, existem censuras e formas de punição ao docente que diz o que pensa e o que vê? Há medo de organizar-nos internamente? Há situações e realidades que não podem ser discutidas e colocadas a público? É possível se falar de verdadeira universidade sem verdadeira democracia?

Estas são algumas das questões que a Apropucc acredita serem fundamentais para discutirmos as concepções de Universidade existentes e a democracia na Universidade.

E convidamos à participação de todos!

 ATO DO POVO DE CAMPINAS EM REPÚDIO AOS 50 ANOS DO GOLPE E DA DITADURA CIVIL MILITAR DE 1964

DIA 31 DE MARÇO DE 2014

HORÁRIO: 17H00

LOCAL: LARGO DO ROSÁRIO.

 

 

Boletim Apropucc – 24 de fevereiro 2014

DESCONTO DE AULA PELA NÃO ASSINATURA DE PONTO

Prezado/a professor/a.

No ano passado fomos procurados por um docente da PUC-Campinas que teve aulas descontadas do seu salário por esquecimento de assinatura do ponto. O professor em questão já havia solicitado pagamento à direção do Curso, posteriormente à direção do Centro e, por último, à Pró Reitoria de Administração. Não tendo sua reivindicação atendida em nenhuma das instâncias citadas, recorreu à APROPUCC que, no cumprimento de sua missão de defender a classe docente e seus direitos, encaminhou à Magnifica Reitora, a Profª. Draª. Angela de Mendonça Engelbrecht, ofício solicitando revisão do processo e pagamento retroativo ao professor que teve aulas descontadas do seu salário por esquecimento de assinatura do ponto. Recebemos a resposta em 13 de fevereiro de 2014 e o professor teve a sua reivindicação devidamente atendida.

Sabemos que este não é um fato isolado na PUC-Campinas. Em alguns Centros, justifica-se o não pagamento das aulas ministradas sem a assinatura do ponto pelo cumprimento da Circular PROAD nº 003/10. Temos ciência, é verdade, que a normativa interna dispõe corrigir abusos de comportamento no que se refere à assinatura de ponto. No entanto, a mesma prevê o cuidado dos gestores em evitar prejuízos posteriores. Sendo assim, caberia às direções de Centro e de Faculdade avisar o docente sobre a não assinatura do ponto antes do fechamento da folha de pagamento e conferir, junto a ele, o cumprimento das aulas a ele atribuídas, assim como já ocorre em alguns dos Centros desta Universidade.

Muitos professores já se esqueceram, alguma vez, de assinar o ponto. E alguns foram punidos por isso. Nesse sentido, ressaltamos que nenhuma normativa disciplinar interna da universidade se sobrepõe à legislação nacional que obriga a pagá-lo pelo trabalho realizado.

Professor/a: não aceite o desconto de aulas ministradas em razão de esquecimento da assinatura do ponto! Devemos ser tratados com respeito e não como meros recursos de produção, pois somos educadores!

Se você, professor/a, teve descontos de aulas ministradas em razão da situação descrita acima, procure a APROPUCC.

Diretoria da APROPUCC

APROPUCC APRESENTA A CONDIDATURA DO<br /><br /> PROFESSOR DR. EDNILSON JOSÉ ARENDIT PARA REPRESENTANTE DOCENTE NO CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA PUC-CAMPINAS.</p><br /> <p>	A escolha do representante docente para integrar o Conselho Universitário da PUC-Campinas (Consun) ocorrerá no período de 17 a 21 de fevereiro, por meio de eleições diretas e no formato eletrônico, via “site” do professor.<br /><br /> 	Entendemos que este é um importante instrumento de participação universitária em defesa do trabalho docente e da construção de uma universidade democrática, que seja referência no cenário acadêmico brasileiro. No entanto, esta representação só tem sentido se for exercida pela ampla participação dos docentes da PUC-Campinas, sendo necessário que o conjunto dos professores tenha acesso às discussões realizadas no Conselho, bem como a posição tomada pelo seu representante.<br /><br /> 	Ciente da importância da interlocução do representante docente com a comunidade, a Apropucc apoia e apresenta a candidatura do Professor Doutor EDNILSON JOSÉ ARENDIT, atual presidente da Apropucc, para ocupar a cadeira de representante docente junto ao Conselho Universitário para os próximos dois anos.<br /><br /> 	Ednilson é Professor da Puc-Campinas há 27 anos pelo Centro de Economia e Administração desta universidade (CEA). É Economista, Especialista em economia de empresas, Especialista em economia do trabalho e sindicalismo, Mestre em economia e Doutor em Ciências Sociais (sociologia política). Foi diretor da Apropucc (2010-2011), vice-presidente da entidade (2012-2013) e é o atual Presidente da Apropucc (gestão 2014-2015).<br /><br /> 	Como docente comprometido com a história de defesa dos professores e de condições dignas para o trabalho docente, Ednilson tem contribuído com uma consciência cada vez maior dos desafios da Universidade na atual conjuntura e se esforçado, junto à Apropucc, pelo crescimento da participação docente, no diálogo franco e honesto com as instâncias superiores da Instituição, em busca de uma universidade democrática e de excelência acadêmica.<br /><br /> 	Diante dos desafios do processo de implantação do planejamento estratégico da Universidade nos próximos anos, torna-se importante a solidez da representação docente para que acompanhe tal processo – de forma crítica e, ao mesmo tempo, respeitosa – e contribua, no diálogo com seus pares e no âmbito do Conselho Universitário, com as principais decisões na construção de uma Universidade preparada para a excelência no ensino, na pesquisa e na extensão, sem abrir mão da melhoria das condições do trabalho docente e sem render-se ao projeto de mercantilização do ensino.<br /><br /> 	Consciente da importância de seu voto e de sua participação, a Apropucc solicita aos docentes que participem das eleições e fortaleçam a representação docente no Conselho Universitário.<br /><br />  	Boletim Especial da APROPUCC</p><br /> <p>ELEIÇÕES PARA REPRESENTANTE DOCENTE NO CONSUN<br /><br /> De 17 a 21 de fevereiro –2014<br /><br />

BOLETIM 2013

Boletim Apropucc – 25 de novembro 2013

 A APROPUCC E A ESCOLHA DOS NOVOS DIRETORES

Historicamente a Apropucc tem defendido as eleições diretas para a escolha dos dirigentes da instituição, acompanhando as bandeiras de luta das entidades gerais representativas dos professores. Contudo, ao longo dos anos, conquistamos a prática da realização das prévias, que se constituía em uma consulta à comunidade, cujo resultado era referendado pelo Consun, em uma demonstração de respeito ao processo democrático.

A interrupção dessa conquista há mais de dez anos, no formato de prévias, na avaliação da Apropucc, foi um retrocesso na busca de aperfeiçoamento da democracia na Universidade. Desde então, temos vivido uma modalidade de escolha dos dirigentes que, apesar de recomendar a observação de critérios que consideramos importantes como tempo de casa, identidade com a proposta da universidade, capacidade de trabalhar em grupo, envolvimento com a proposta pedagógica das Faculdades, entre outros, não faz a efetiva escuta organizada dos coletivos de professores que participaram de reuniões para discutir possíveis candidatos ao cargo de diretor de Faculdade.

Observamos que, em algumas situações, foram privilegiadas indicações isoladas de instâncias e pessoas em uma clara demonstração de desprestígio àqueles que vivem o cotidiano dos projetos pedagógicos de seus cursos. Se há disputas de projetos e, é saudável que elas existam, que as mesmas sejam enfrentadas de forma transparente entre os pares.

Parece-nos que discutir os rumos e encaminhamentos dos projetos pedagógicos das Faculdades, por meio do debate qualificado, tem se constituído em enorme dificuldade no interior desta universidade, o que pode levar a uma adesão sem crítica do processo vigente de escolha do futuro diretor do curso e a uma condição conveniente de se esconder e se justificar, a partir das normas, ou melhor, do jogo que está dado na instituição, dando margem muitas vezes a comportamentos de assédio entre colegas e entre estes e dirigentes.
A Apropucc sempre estimulou que os professores mantivessem a base orientadora de escolha dos diretores de Faculdades, estimulando reuniões e debates em torno do projeto pedagógico, mesmo em meio às mudanças. Porém, o que temos acompanhado nos últimos processos de indicação para cargos, tem sido uma clara demonstração de que a universidade não tem tomado sequer o cuidado de ouvir os professores indicados pelos coletivos e, em algumas situações, escolhe e nomeia outro docente, deixando-o também em uma posição bastante desconfortável diante dos seus pares.

Esse modelo tem dado sinais de esgotamento e se apresentado em contradição com o discurso da excelência que a universidade busca, inclusive no que se refere ao processo formativo dos nossos acadêmicos para que sejam críticos e reflexivos, condição que, na nossa avaliação, passa pela retomada da credibilidade nos processos que a própria universidade cria.

Professores! A luta pela escolha mais horizontal e democrática dos diretores de Faculdades deve estar no horizonte do movimento docente e tem que começar já com o acompanhamento e avaliações continuadas das novas direções nomeadas. Somos nós, os professores, que damos vida ao projeto pedagógico no cotidiano de trabalho.

A Diretoria

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