Semesp não responde e dificulta negociações da pauta dos professores do ensino superior

A rodada de negociações da campanha salarial para professores do Ensino Superior 2022, entre as três Federações estaduais (com pautas específicas) e o sindicato patronal (Semesp), não teve avanços.

“Nossas reivindicações econômicas sequer foram avaliadas. Eles querem tratar de cláusulas sociais e cortes”, diz o presidente da Federação dos Professores do Estado de SP (Fepesp), Celso Napolitano.

Um desses cortes é na concessão de bolsas a trabalhadores das universidades e a seus dependentes. Hoje, a Convenção Coletiva do Ensino Superior garante duas bolsas de estudo para o empregado ou dependente, na instituição de ensino que trabalhe. O patronato quer reduzir as bolsas pra 50% e cortar 100% as dos cursos de Medicina, Psicologia, Odontologia, Enfermagem e Direito.

Outra conquista da categoria, que os empresários querem mudar, é reduzir o recesso para 15 dias. Além disso, propõem a retirada da homologação da rescisão do contrato de trabalho nos sindicatos, que impede o trabalhador de verificar se todos os seus direitos estão assegurados, antes de assinar o documento.

Flexibilização – O patronal tenta “flexibilizar” a relação do trabalho, concentrando aulas (por exemplo, durante 15 dias em um único estabelecimento, sem poder lecionar em outro) e, na aula à distância – com o ensino virtual, colocam 300 alunos numa mesma sala, de cursos, campi e cidades diferentes.

Dívida – As escolas do ensino superior devem ao professorado 2,29% da inflação de 2020 – reposta apenas parcialmente. Para este ano (2021), a reivindicação é a média dos índices da Fipe e IBGE, o que dá 10,57%.

“Estamos acompanhando todas as negociações e é fundamental, nessa campanha, a mobilização constante dos docentes”, convoca a presidente a Apropucc, Silvana Suaiden.

A diretoria da Apropucc acompanha os desdobramentos da campanha salarial.

Apropucc com informações da Agência Sindical.

 

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